Acesso Rápido

REQUALIFICAÇÃO DO LARGO DA IGREJA DE MEIRINHAS

REQUALIFICAÇÃO DO LARGO DA IGREJA DE MEIRINHAS

POTENCIAIS DA INTERVENÇÃO

A oportunidade de requalificação da área correspondente ao Largo da Igreja Paroquial de Meirinhas resulta da verificação de uma carência ao nível da utilização do espaço público coletivo na envolvente do edifício religioso. Necessidade esta avançada pelo Presidente da Junta de Freguesia de Meirinhas em coparticipação com o pároco e a nova comissão da Fábrica da Paróquia, a qual teve a melhor atenção do Presidente da Câmara Municipal de Pombal.

Repensar e intervir este polo nuclear da freguesia e sobretudo, da malha urbana da localidade de Meirinhas de Baixo, representa o momento de desenvolver uma operação urbanística que visa não só a requalificação articulada da área física de intervenção, também uma solução que se quer extensa à população, nomeadamente no que diz respeito à sua relação com o espaço público e os espaços ajardinados, que atualmente encontram as suas valências de área de lazer e de usufruto desaproveitadas.

Não é de mais sublinhar que esta área atua como uma estrutura fundamental para a identidade do lugar de Meirinhas. Por um lado é esta a área original da matriz urbana de Meirinhas de Baixo, mas é também aqui que se realizam os festejos anuais de cariz religioso, e acontece toda uma complementaridade à extensão de utilidade pública, dada a sua proximidade ao Salão das Coletividades, ao Mercado, aos serviços bancários, ao Salão Paroquial e Casa Mortuária, o Coreto, entre outros.

A oportunidade que esta intervenção promove à reorganização do acesso aos serviços e comércios que se localizam no espaço envolvente, bem como para a atualização dos equipamentos e infraestruturas que servem o largo da Igreja, significam assim uma aposta na qualidade ambiental, paisagística e urbana com a qual se pretende favorecer todo este espaço.

No fundo, trata-se de uma solução de elevado interesse público, que se pretende integrada e prevê devolver o largo aos munícipes, dinamizando-o para uma compacidade quotidiana, além da utilidade em dias de celebração anual ou cerimónias religiosas; adaptando-o para o uso das várias faixas etárias da população de Meirinhas; ajustando-o às carências do espaço envolvente.

No seguimento, a possibilidade de reestruturação do espaço urbano coletivo permite operar sobre a melhoria dos arruamentos e suas componentes ao nível de passeios e de estacionamento, prevendo-se o redesenho de elementos e perfis que ao momento não têm, e por isso, não se compaginam com os modelos mais adequados de mobilidade.

No seguimento, e talvez o maior objetivo que se pretende obter com a intervenção de requalificação do largo, é atuar sobre a própria mobilidade da zona de intervenção, moderando o acesso e a mobilidade nos diferentes arruamentos que o servem e o atravessam, mediante o controlo da velocidade e o tratamento do pavimento do largo, para que mais que dos automóveis, seja um espaço de aproximação da população, com características pedonais.

ÁREA DE INTERVENÇÃO

A área de intervenção compreende uma área de aproximadamente 5800m2. É limitada a norte pela bifurcação da rua da Bela Vista e rua da Igreja, as quais compõem também, e respetivamente, os limites nascente e poente, e a sul pelo complexo edificado da Igreja Paroquial. Este complexo inclui o edifício religioso, antecedido por uma área calcetada em pedra calcária, descoberta, que dá acesso às demais dependências da igreja: uma área lateral, coberta e encerrada por portões metálicos, utilizada para a realização de quermesse, espaço de cozinha e palco (instalada a poente do edifício), o Coreto (instalado a nascente da igreja) e o Salão Paroquial (localizado nas traseiras do edifício).

Este conjunto é ainda antecedido, a norte, por um espaço ajardinado de geometria triangular, com fonte, o qual circunscreve em articulação com o pavimento de acesso principal da igreja, ambos de cota superior aos arruamentos, uma zona de atravessamento com bolsa de estacionamento e praça de táxis, marcada pela cota ao nível do arruamento e pavimento em lajeado de pedra calcária.

Na vertente confinante à rua da Igreja há a observar a instalação de equipamentos de recolha de resíduos sólidos urbanos e ecopontos, em parte com ocupação sobre a área de circulação pedonal.

No que respeita as zonas edificadas consolidadas, localiza-se na vertente da rua da Bela Vista um conjunto de serviços e de pequeno comércio e agências bancárias, localizados em dois lotes definidos em propriedade horizontal, com os níveis superiores destinados a habitação e pequenos serviços (arquitetura, retrosaria e advocacia).

Na vertente confinante à rua da Igreja, a zona edificada consolidada contabiliza um conjunto heterogéneo de edifícios destinados a habitação e comércio, bem como um conjunto edificado, de propriedade particular, com as fachadas principais dispostas ao longo da via, de um piso, devoluto e com algumas patologias que apontam para a degradação física do edifício (p.e. abaulamento do revestimento da cobertura). Há ainda a registar a presença de uma parcela vacante com uma parte destinada a cultivo de pequena dimensão, limitada por muro baixo junto à zona de passeio pedonal confinante à rua da Igreja.

OBJETIVOS

O lugar da igreja na estrutura urbana de Meirinhas, e assim do largo que a serve, representa um ponto fundamental nos eixos de distribuição e de mobilidade da localidade. Por outro lado, configura como um ponto de reunião da população, acolhendo-a em dias de celebração e cerimónias de teor religioso. Atua ainda como uma bolsa de estacionamento complementar à zona do Mercado, localizado no Salão de Coletividades, e de apoio aos serviços/comércios localizados nos edifícios próximos à igreja.

Atualmente é um espaço que se encontra desajustado às diversas valências que tem de desempenhar no plano urbano, sendo urgente a reconsolidação das suas partes e utilidades, como proceder-se à atualização dos equipamentos e infraestruturas existentes.

É necessário, no entanto, ter presente que o modelo urbanístico a desenvolver deve ser desenhado numa dupla valência: acolhimento e mobilidade.

Ainda, porque a amplitude de utilidades contribuiu para a descaracterização da área, é preciso rearticular as componentes que formalizam esta peça urbanística, de forma a proceder-se à sua valorização ambiental, paisagística e urbana.

ENTIDADE PROJETISTA

MODO ASSOCIADOS ARQUITECTURA + ENGENHARIA