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A Influência de Pombal nas Ciências Exatas e na História Natura | Carlos Fiolhais

A Influência de Pombal nas Ciências Exatas e na História Natura | Carlos Fiolhais

26 de Novembro 2020

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Sebastião Pombal de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal desde 1770, tomou contacto com as ideias do Iluminismo quando foi representante do reino português em  Viena e por Londres. Na capital londrina tornou-se membro da Sociedade Real de Londres, a famosa e antiga sociedade científica. Em 1755 com o grande terramoto de Lisboa (o evento que marcou o nascimento de geofísica) alcançou um lugar de poder proeminente, que lhe permitiu fazer algumas reformas essenciais do Reino. Uma das mais importantes foi a chamada Reforma Pombalina da  Universidade de Coimbra, realizada em 1772, após o falhanço do projecto que foi o Colégio dos Nobres em Lisboa.  Com os novos Estatutos, foram criadas duas novas faculdades, a de Matemática e a de Filosofia. Foram criados novos edifícios como  o Observatório Astronómico, sobre o castelo da cidade, e o Laboratório Químico, no refeitório jesuíta, um dos primeiros laboratórios a ser criados em todo o mundo para o ensino e a pesquisa de uma ciência que então emergia.  No Colégio de Jesus, que tinha sido dos jesuítas, mandou fazer obras que permitiram albergar um Gabinete de Física Experimental, com numerosos aparelhos, um gabinete de História natural e um jardim botânico. Além disso modernizou a Faculdade de Medicina, dotando-a de um teatro anatómico, instalou o Hospital Real de Coimbra no Colégio de Jesus, e criou um Dispensário Farmacêutico. Criou também um Jardim Botânico, o primeiro em país numa escola superior. Contratou mestres estrangeiros como  os italianos João Baptista Dalla Bela e Domingos Vandelli. A “nova ciência” baseada na observação, na experimentação e no raciocínio matemático, surgiu então em força em Portugal para substituir a “antiga ciência”.