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Geografia do Território

O clima do concelho de Pombal é próprio das zonas mediterrânicas, no qual se sente fortemente a presença de duas estações predominantes: o inverno, pluvioso e com temperaturas suaves; e o verão, seco e com temperaturas elevadas. A primavera e o outono apresentam-se variáveis e de curta duração.

 

O concelho apresenta uma significativa flutuação nas percentagens de precipitação anual – o que é normal neste tipo de clima – pode acontecer haver anos muito chuvosos ou também anos muito secos. Relativamente ao índice de radiação solar, este varia muito durante os períodos do ano apresentando 4,4 horas de sol em janeiro  (horas mínimas) e 9,7 horas de sol nos períodos de julho e agosto  (horas máximas).

 

A flora da região é múltipla e diversificada. Na serra, encontram-se diferentes conjunções de flora, como as matas de carvalho cerquinho, onde aparecem associadas a azinheira, o medronheiro e o sobreiro. Podem ainda encontrar-se os carrascais, que surgiram devido a grandes alterações climáticas e onde predomina a vegetação arbustiva, e os matos, em que domina a roselha grande, com grande implantação do arbusto, mas dominado por enormes plantas herbáceas sendo as mais frequentes a erva de santa maria, a perpétua das areias e sanguinho mouro.

 

Além desta tipologia, também aqui abundam as bolbosas (em que crescem a maioria das orquídeas mediterrânicas, narcisos e coroas imperiais), rizomatosas (como o lírio roxo, o lírio fétido e a rosa albardeira) e as subarbustivas (como a alfavaca dos montes). Nesta categoria existem ainda as chamadas brenhas que se distinguem dos matos pela presença acentuada de lianas (entre as quais se encontram a hera, a raspa língua, a legação, a morça preta e madressilvas). Ainda aqui podemos encontrar a vegetação rupícula,  – que é constituída pela vegetação que cresce sobre rochas e está distribuída segundo a exposição ao sol, vento e humidade – e plantas como as bocas de lobo e a erva de são roberto.

 

A nível das árvores de porte, a predominância vai para espécies como o pinheiro bravo e a oliveira. Mais para oeste, o pinheiro é a árvore dominante, agrupando-se em imensas matas florestais com manchas pontuais de eucalipto.

A fauna do concelho de Pombal, outrora rica e diversificada, sofreu uma diminuição significativa pela intervenção da presença humana. Séculos de transformação constante dos habitats naturais traduziram-se numa redução do número de espécies existentes, subsistindo, no entanto, alguns exemplares de rara beleza.

 

Encontramos mamíferos como o coelho, o javali, a raposa, a gineta e o morcego de água. Répteis como o sapo e a cobra-rateira. E, junto dos cursos de água, exemplares como a rã verde, o tritão marmoreado e a salamandra. Podemos ainda encontrar aves de rapina como o peneireiro de dorso malhado que nidifica nas escarpas mais íngremes, a águia de asa redonda, o bufo real e o mocho real. Mais comuns são espécie como a perdiz, a gralha, poupas, pombos e rolas.

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